BID ajuda PMEs com empréstimo de R$ 1 bi ao Brasil

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BID ajuda PMEs em razão da pandemia do novo coronavírus

O Brasil tomou R$ 1 bilhão (cerca de US$ 200 milhões) com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O empréstimo tem o intuito de manter o Programa de Emergência de Acesso ao Crédito (FGI-PEAC), criado para apoiar pequenas e médias empresas (PMEs) durante a crise causada pela pandemia do novo coronavírus.

BID ajuda PMEs

Com o auxílio financeiro do BID, haverá uma garantia das operações de crédito das PMEs. Geralmente, o setor PME não possui garantias suficientes para conseguirem empréstimos. Em relação à gestão dos recursos para as empresas, ela será realizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Expectativas

Contudo, é esperado que o valor do BID seja capaz de beneficiar em torno de 1.250 pequenas e médias empresas brasileiras de diferentes setores prejudicados pela crise. Entre eles: comércio marítimo, transporte de passageiros, turismo, energia e agricultura.

Todavia, o Brasil terá o prazo de 25 anos, com cinco anos e meio de carência para pagamento de crédito do BID. Já a taxa de juros da operação é baseada na LIBOR (London Interbank Oferecido Rate). Esta tarifa é utilizada para o cálculo de grandes empréstimos entre instituições financeiras.

BNDES

O BNDES já havia conseguido no mês passado um empréstimo de R$ 4 bilhões (US$ 750 milhões) com o BID. Na ocasião, o dinheiro seria para fornecer o crédito a mais de 11.000 micro, pequenas e médias empresas brasileiras afetadas pela pandemia de Covid-19.

Programa de Emergência de Acesso ao Crédito

O BID ajuda PMEs, BNDES também ajudou, mas também existe o PEAC (Programa de Emergência de Acesso ao Crédito). Para quem não sabe, ele foi criado em 1º de junho de 2020 com a finalidade de dar suporte às PMEs brasileiras durante a crise. Os recursos são provenientes do Fundo Garantidor para Investimentos (FGI). Sendo assim, o programa oferece garantias para as operações de crédito das instituições financeiras para pequenos negócios.

Voltada a empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 300 milhões, a iniciativa garantiu no começo o aporte de R$ 5 bilhões ao FGI. Com a garantia do programa, a previsão de novos aportes acontece de acordo com a demanda do mercado de crédito.

Vale ressaltar que todos esses programas citados têm por finalidade ajudares as PMEs brasileiras. Pois, historicamente falando, elas possuem dificuldades em conseguir empréstimos. Os motivos vão desde falta de garantias ou de restrições ao CNPJ da empresa e do CPF dos empreendedores.

Pandemia

Além disso, durante a pandemia os empréstimos não ocorreram no volume necessário. Segundo pesquisa realizada pelo Sebrae com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), entre os dias 27 e 31 de agosto, foi revelada que 51% das micro e pequenas empresas solicitaram crédito. Porém, apenas 22% das que solicitam conseguem a liberação do dinheiro.

Recuperação econômica do país

Ao auxiliar os pequenos negócios a superar a crise gerada pela Covid-19, já é um caminho para que o país se recupere o quanto antes. Isso porque as microempresas e as empresas de pequeno porte, que faturam até R$ 4,8 milhões, são essenciais para a economia. Juntas, elas representam 96,6% dos negócios e contribuem para aproximadamente 30% do produto interno bruto (PIB) brasileiro.

Por fim, elas são responsáveis ​​pela maioria (52%) dos empregos formais. Em 2019, enquanto as médias e grandes empresas fecharam 88.000 postos de trabalho, as micro e pequenas empresas abriram 731.000 vagas, segundo uma análise do Sebrae realizada com base em dados do Ministério da Economia.

*Foto: Divulgação