Profissionais maduros X diversidade

profissionais maduros X diversidade

Normalmente, as pessoas costumam pensar que uma pessoa ágil, inovadora e ousada é mais jovem. Porém, é preciso ter em mente que esses requisitos não têm nada a ver com a idade. No artigo de hoje vamos abordar os profissionais maduros e suas conexões com a diversidade.

Profissionais maduros

Décadas atrás a expectativa de vida era bem mais baixa, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos anos 1980, por exemplo, a estatística era de 62,6 anos no Brasil. Em 2018, quase 40 anos depois, o índice subiu para 76 anos.

Somado a isso, hoje há uma redução gradativa da taxa de fecundidade: de 4,1 em 1980, para 1,7 em 2015. Em suma, até 2060, uma a cada quatro pessoas no país será idosa. E em 2030, calcula-se que haverá mais idosos que crianças.

Reforma da Previdência

Em relação à reforma da Previdência, que aumentou a idade de aposentadoria para 65 anos (homens) e 62 (mulheres), o resultado é que terá mais profissionais maduros no mercado de trabalho, ainda em ascensão na carreira.

Atualmente, já são mais de 54 milhões de brasileiros acima de 50 anos, revela o IBGE. E em 2040, conforme estudo da PwC e da FGV, 57% da força de trabalho nacional terá 45 anos ou mais.

Futuro do trabalho

Essas informações criam o futuro do trabalho e sua relação intergeracional dentro das associações. Sendo assim, as empresas terão de integrar trabalhadores com mais de 50 anos aos seus quadros de pessoal. Sem isso, faltará mão de obra em pouco tempo. Além disso, os consumidores também envelhecerão e é preciso ter profissionais que saibam conversam com eles.

Contratação de pessoas da terceira idade

Sendo assim, as empresas têm que se preocupar cada vez mais em contratar profissionais da terceira idade. Algumas delas já elaboram a recapacitação de trabalhadores acima de 50 anos de dentro e de fora da organização. O foco já é para demandas futuras.

Longa jornada

Ao mesmo tempo em que o mercado busca por inovação, ele também quer um colaborador com experiência e inteligência emocional, principalmente num período pós-pandemia. Portanto, é essencial a contribuição de profissionais maduros acima de 50 anos. Eles conseguem apresentar mais tranquilidade em situações onde são muito exigidos. Todavia, eles também têm de enfrentar os grandes desafios do mercado corporativo.

Ageísmo

No entanto, ainda há preconceito e um forte impacto em relação aos profissionais maduros. Chamado de ageísmo, o termo foi criado em 1969, pelo psiquiatra e gerontologista americano Robert Neil Butler. Ele é empregado para descrever os estigmas de qualquer faixa etária. Porém, é frequentemente associado à discriminação contra os idosos.

Geralmente, os colaboradores da terceira idade são vistos como mais conservadores, além de terem um alto salário em razão de sua expertise. Contudo, ainda são enquadrados agora no grupo de risco, por causa da pandemia. Portanto, não é correto generalizar qualquer nicho de público.

Além disso, pensar que os profissionais maduros não podem se adaptar às novas tecnologias é outro grande erro. Prova disso é que a idade média dos fundadores das startups de sucesso é de 45 anos, segundo estudo da McKinsey.

Diversidade

Felizmente, inúmeras pesquisas revelam que a inclusão de diferentes pontos de vista dentro de um tempo geram mais produtividade, inovação e de mais lucro às associações. A diversidade tem gerado cada vez mais discussões positivas e gerando igualdade de oportunidades a diferentes públicos.

Papel das empresas

Para uma empresa passar a se enquadrar neste nicho de diversidade ela deve tirar de cara seu preconceito na hora de uma nova contratação. A partir daí, ela começa a efetuar ações de diversidade e inclusão a profissionais maduros.

Tais ações podem acontecer na forma de: palestras de sensibilização, debates sobre preconceito etário, longevidade, diversidade e inclusão.

Como os profissionais 50+ podem se preparar

Os profissionais maduros podem se preparar para uma nova oportunidade com base em aprendizado constante. Ou seja: conhecer as ferramentas digitais usadas hoje em sua área de atuação, ou de interesse. Além disso, invista em rede de profissionais de diferentes idades para continuar atualizado. Isso vale tanto para as tendências de mercado, quanto sobre as oportunidades de trabalho do seu setor.

Por fim, e não menos importante, não acredite em pessoas que pensam que após os 40 anos você não tem mais valor para o mercado. Pelo contrário, sua expertise pode ser muito mais valorizada e continuar ascendendo na carreira.

*Foto: Divulgação