Trabalhar nos EUA: Veja dicas de como conseguir emprego no país

Trabalhar nos EUA: Veja dicar de como conseguir emprego no país

Trabalhar nos EUA pode incluir cargos de liderança e áreas de alta demanda, como inteligência artificial e sustentabilidade; confira tudo

A criação de vagas de emprego nos Estados Unidos acelerou em fevereiro. Prova disso é que neste mês, 275 mil novos postos de trabalho foram abertos no país, segundo o Departamento do Trabalho local. Além disso, com a taxa de desemprego em 3,9%, existem mais oportunidades disponíveis do que trabalhadores para preenchê-las. É o que explica Roberto Spighel, CEO e fundador da SG Global Group, empresa especializada em imigração: “Com as tendências atuais de imigração, espera-se um aumento na força de trabalho dos EUA de aproximadamente 5,2 milhões de pessoas até 2033”. 

Como trabalhar nos EUA

Para trabalhar nos EUA, antes de tudo, há uma relação com a chegada de imigrantes à terra do tio Sam. Essas pessoas podem fazer o PIB do país crescer US$ 7 trilhões nos próximos 10 anos, segundo o Congresso Americano.

Consequentemente, esse é um dos destinos preferidos dos brasileiros, que têm aproveitado as oportunidades para perseguir o american dream. “Eles buscam melhores salários, valorização profissional, internacionalização da carreira, especializações de renome e menor carga horária”, afirma Spighel.

Em 2023, mais de 85 mil pessoas buscaram os serviços da empresa para morar e construir uma carreira nos Estados Unidos, aumento de 25% em relação ao ano anterior. Mais de 80% desse público é de profissionais qualificados, e 65% com pós-graduação ou mestrado, que atuam nas áreas de engenharia, tecnologia, medicina, administração, marketing, odontologia, direito e também empresários.

Empregos em alta nos EUA

Segundo um relatório do LinkedIn publicado este ano, lista os 25 empregos que mais crescem nos Estados Unidos. Quase 70% dessas profissões nem existiam há 20 anos – incluindo 7 entre as 10 principais. “As companhias norte-americanas buscam, em sua maioria, profissionais com competências para cargos de liderança, como Chief Growth Officer.”

Contudo, também se destacam as funções relacionadas à inteligência artificial, como consultor e engenheiro de IA, e à implementação de práticas ESG – sigla que define a agenda ambiental, social e de governança –, como analistas de sustentabilidade e vice-presidentes de diversidade e inclusão.

Por sua vez, os setores de assistência médica, serviços alimentícios, assistência social, transporte e governo puxam as contratações.

Já a indústria de restaurantes criou o maior número de vagas de emprego, seguida por organizações sem fins lucrativos, indústria automóvel, tecnologia da informação, hotéis, bem-estar e atividades físicas, serviços financeiros, transporte, logística e cadeia de suprimentos.

Veja os 10 empregos que mais crescem nos EUA, segundo o LinkedIn:

  • Chief Growth Officer;
  • Analista de políticas públicas;
  • Gerente de segurança ambiental;
  • Diretor de operações de receita;
  • Analista de sustentabilidade;
  • Enfermeiro;
  • Vice-presidente de diversidade e inclusão;
  • Consultor de inteligência artificial;
  • Recrutador;
  • Engenheiro de inteligência artificial.

Carreira em inteligência artificial

Aproximadamente 25% das habilidades demandadas no mercado de trabalho se modificaram desde 2015, e essa mudança deve chegar a 65% globalmente até 2030, diz o LinkedIn, devido ao impulso das novas tecnologias. “Com a transformação digital, as empresas demandam por trabalhadores com habilidades específicas, inclusive em setores que vão além do segmento de tecnologia da informação.”

A inteligência artificial já aparece entre os cargos com maior crescimento nos EUA, o que também se reflete no resto do mundo, incluindo o Brasil. “Ainda não há um visto exclusivo para profissionais e estudantes da área de inteligência artificial”, afirma o CEO, o que pode mudar em breve. Isso porque uma ordem executiva emitida pelo presidente Joe Biden pode facilitar a emissão de greencard e vistos para especialistas da área. 

Em 2022, quase 11 milhões de pessoas trabalhavam nessas áreas, que devem ter crescimento de quase 11% até 2032, superando outros setores, segundo dados da Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos. “Uma das maiores vantagens de seguir uma carreira em STEM nos Estados Unidos é o potencial de ganhos”, diz Spighel. Em 2022, profissionais da área tiveram um salário médio anual de US$ 97.980 (R$ 493.290), mais que o dobro que a média das outras profissões.

Dicas para conseguir um emprego nos EUA e aproveitar áreas com alta demanda

Avalie se suas qualificações, certificações e experiência profissional são reconhecidas internacionalmente e se atendem aos requisitos dos Estados Unidos;
Adapte seu currículo e qualificações para as especificidades do mercado (dependendo da área de atuação, pode ser necessário obter equivalência de diploma ou passar por exames de certificação específicos);
Aprimore suas habilidades no inglês, com cursos, certificados ou programas de imersão (a proficiência na língua é recomendada e ajuda a aumentar os ganhos e melhorar as oportunidades profissionais);
Pesquise as exigências de licenciamento (cada estado nos EUA tem suas próprias exigências para profissionais em áreas como saúde, direito, engenharia, entre outras);
Procure ferramentas e plataformas para buscar emprego na sua área e aplicar para as vagas abertas;
Busque um especialista ou uma assessoria para recolocação nos EUA.

*Foto: Reprodução/https://br.freepik.com/fotos-gratis/designers-industriais-trabalhando-no-modelo-3d_25176817.htm#fromView=search&page=1&position=0&uuid=bc4a0572-5cea-4dbb-b163-6b1112a9a00f