Cobertura vacinal infantil: Brasil registra aumento nas taxas

Cobertura vacinal infantil: Brasil registra aumento nas taxas

Cobertura vacinal infantil, segundo dados do Ministério da Saúde, indica um aumento consistente em oito vacinas infantis, resultado dos esforços para recuperar a cobertura vacinal em todo o território nacional

Recentemente, foi constatado um aumento das taxas de cobertura vacinal entre 2022 e 2023. Isso engloba oito vacinas recomendadas no calendário infantil, de acordo com dados preliminares do Ministério da Saúde, abrangendo o período de janeiro a outubro.

Cobertura vacinal infantil

Além disso, a cobertura vacinal infantil abrange crianças de um ano. Neste caso, as vacinas contra hepatite A, poliomielite, pneumocócica, meningocócica, DTP (difteria, tétano e coqueluche) e tríplice viral (1ª e 2ª doses) apresentaram crescimento, bem como a vacina contra a febre amarela, administrada aos nove meses. Esse aumento foi observado em todo o país.

Segundo a enfermeira do SUS, Nathalia Belletato, as campanhas de vacinação são muito importantes com o intuito de salvar milhões de pessoas.

Recuperação das taxas de cobertura vacinal

Já para a ministra da Saúde, Nísia Trindade, há um avanço de modo consistente para que “o país recupere as altas taxas de cobertura vacinal. Hoje, demonstramos como isso é completamente possível e destacamos os progressos já alcançados”.

Entrevista coletiva

Segundo o balanço dos dados preliminares, as estratégias do Ministério da Saúde tiveram sucesso ao começar a reverter a trajetória de queda. Números foram apresentados em entrevista coletiva no último dia 19, em Brasília.

Na ocasião, Nísia Trindade ainda disse que “o movimento pela vacinação venceu. Todos alcançamos juntos o objetivo de reverter a trajetória de queda das coberturas vacinais. A sociedade atendeu ao chamado e se incluiu nesse movimento”.

“Hoje pudemos apresentar aqui um balanço do quanto avançamos. E gostaria de lembrar o que já disse a OMS: a vacina, junto com a água tratada, é o que garantiu a redução da mortalidade infantil e o aumento da expectativa em todo o mundo”, complementou.

Vale destacar que o avanço da cobertura vacinal é fruto do planejamento multiestratégico adotado pela pasta desde o início da gestão – com a criação do movimento nacional, a adoção do microplanejamento, o repasse de mais de R$ 151 milhões para ações regionais nos estados e municípios e o lançamento do programa Saúde com Ciência.

Sucesso da estratégia

O sucesso da estratégia de regionalização, a partir do microplanejamento, levou à melhora dos índices vacinais para a DTP em todas as unidades da federação. Além disso, 26 unidades federativas aumentaram a cobertura contra a poliomielite e da primeira dose da tríplice viral. E 24 estados tiveram alta na cobertura contra a hepatite A, meningocócica e segunda dose de tríplice viral; e 23 melhoraram a cobertura da vacina pneumocócica.

PNI

Durante este ano, as equipes do Programa Nacional de Imunizações (PNI) percorreram o Brasil realizando oficinas com as secretarias de saúde e buscando soluções viáveis para a realidade de cada local. Entre as estratégias realizadas estão a imunização extramuros, ampliação do horário das salas de imunização e busca ativa de não vacinados. A ideia foi permitir que o município se organizasse e se planejasse considerando a sua realidade local. Sendo assim, a estratégia de imunização foi adaptada conforme a população, a estrutura de saúde, a realidade socioeconômica e geográfica.

Estados que se destacaram: o Piauí aumentou a cobertura da primeira dose de vacina tríplice viral, passando de 82,8% para 97,8%, assim como da poliomielite, que passou de 75,9% para 89,9%, e da DTP, que de 73,1% saltou para 92,8%. O Espírito Santo ampliou a cobertura da meningocócica: de 58,5% em 2022, cresceu 33,1 pontos percentuais em 2023, chegando a 91,6% de cobertura. Sergipe e Rio Grande do Norte ampliaram, respectivamente, 39,8 e 33,4 pontos percentuais na cobertura vacinal contra a febre amarela. Em Rondônia, a primeira dose de tríplice viral passou de 89,2% para 99,6%, atingindo a meta preconizada.

Por fi, em termos de nível nacional, ao comparar 2022 com 2023, a cobertura vacinal de hepatite A passou de 73% para 79,5%. O primeiro reforço da pneumocócica passou de 71,5% para 78% neste ano. A polio alcançou 74,6% de cobertura, ante os 67,1% do ano passado. Entre as vacinas indicadas para menores de 1 ano de idade, a que protege contra a febre amarela foi a que apresentou o maior crescimento, passando de 60,6% no ano passado para 67,3% neste ano, sendo que todos os estados registraram aumento de cobertura vacinal.

*Foto: Reprodução/br.freepik.com/fotos-gratis/medico-close-up-vacinando-crianca_12689797