Confiança do setor de serviços cai a mínima em 8 meses

Confiança do setor de serviços

Confiança do setor de serviços começou 2022 em seu menor patamar em oito meses. Mas isso pode ser decorrência da onda mais recente de Covid-19. Portanto, a situação se agravou diante de uma tendência de desaceleração dos últimos meses. Os dados foram divulgados na última sexta-feira (28) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

Confiança do setor de serviços

Além disso, em janeiro, o ICS (Índice de Confiança de Serviços) caiu 4,3 pontos, para 91,2 pontos, mínima desde maio de 2021 (88,1). Essa foi sua terceira baixa mensal seguida e a queda mais intensa desde março de 2021 (-5,6 pontos).

Em nota, o economista da FGV Ibre Rodolpho Tobler explicou:

“O resultado negativo desse mês parece refletir a desaceleração que já vinha sendo sinalizada nos últimos meses, mas com o acréscimo da nova onda da pandemia.”

Contudo, o especialista acrescentou também que “além do cenário macroeconômico ainda difícil e da cautela dos consumidores, a volta de algumas medidas restritivas já impacta a atividade do setor e liga o sinal de alerta sobre o ritmo dos próximos meses”. Ele também alertou que será difícil ver recuperação da confiança do setor de serviços enquanto esses farores continuarem.

Índice de Situação Atual

O ISA-S (Índice de Situação Atual), indicador da percepção sobre o atual momento do mercado de serviços, caiu 3,1 pontos em janeiro, para 89,4 pontos, menor patamar desde junho de 2021 (88,7).

Já o IE-S (Índice de Expectativas), que diz respeito às perspectivas para os próximos meses, recuou 5,5 pontos, a 93,2 pontos, mínima desde maio de 2021 (92,4).

Destaque negativo

Por fim, entre os segmentos do setor de serviços que se destacaram negativamente estão o de serviços prestados às famílias. Segundo Tobler, este é o reflexo dos surtos recentes da variante ômicron do coronavírus e de influenza.

No entanto, no começo deste mês, dados do IBGE revelaram que o setor de serviços brasileiro apresentou em novembro avanço de 2,4% na comparação com outubro, maior taxa de crescimento desde fevereiro de 2021 (+4,0%).

*Foto: Unsplash/Arturo Rey