Conheça os tipos de fundos de investimento

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Escolher um fundo de investimento não é uma missão fácil, além da nomenclatura complexa que os fundos possuem, muitas vezes a falta de orientação sobre como aplicar em cada um deixa o investidor sem saída. Nesse artigo, vamos deixar os caminhos mais claros indicando os tipos de fundos de investimento e suas definições.

O conceito de um fundo de investimento é dado através de um modelo que reúne vários investidores que em uma mesma carteira de investimento, que será gerida por um especialista. Esse gestor pode cobrar uma taxa relativa ao percentual da rentabilidade.

Nesse tipo de aplicação, bastante comum no Brasil, o investidor compra cotas de um fundo de investimento e deve pagar taxas administrativas. A taxa existe para cobrir os custos que a gestão do fundo precisa para funcionar e pode variar conforme o tipo de investimento.

Por ser uma aplicação conjunta de valores, o investidor pode aplicar um valor baixo, pois o que conta é o montante total do fundo. Para ficar mais claro, podemos comparar os fundos de investimento com condomínios, neles, você compra uma cota e um gestor irá fazer a administração daquele fundo para você, além disso, os investidores devem seguir as regras impostas pelo fundo escolhido.

Para você avaliar os riscos de um fundo de investimento, os bancos brasileiros passaram a oferecer desde 2010 um questionário que faz essa triagem. Conhecido como Análise do Perfil do Investidor, o API aponta se você é um investidor conservador, moderado ou agressivo. Após o teste, o banco indica a carteira aplicação mais adequada com o seu perfil.

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Fonte: Divulgação / flickr Marco Pajola

Os tipos de fundos de investimento são divididos em categorias, para entender como funciona cada um, o Sublimedia.tv separou as opções de aplicações e suas características.

Fundos de investimento em renda fixa

Nessa aplicação, o investidor direciona 80% do seu dinheiro em ativos de renda fixa pré ou pós-fixados. O cálculo de rentabilidade dos pós-fixados está atrelado a taxa aplicada pelo seu indexador.

Os principais indexadores são: Selic, que é a taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia para títulos federais, CDI (Certificado de Depósitos Bancários) que é um título de emissão das instituições financeiras que lastreia as transações entre bancos, o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) que registra a inflação de valores desde matérias-primas agrícolas e industrais até bens de consumo e serviços, e por fim, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) criado para oferecer a variação dos preços no comércio para o público final.

Nos fundos de investimento em renda fixa préfixados, o investidor tem mais segurança, pois, antes de aplicar, ele consegue calcular quanto irá receber de retorno financeiro.

A segurança oferecida por essa aplicação, torna os fundos em renda fixa uma aplicação indicada para o investidor com perfil conservador, que não quer arriscar e, ao mesmo tempo, busca uma boa rentabilidade.

Fundos de investimento em ações

Esse investimento é um mercado de renda variável que se divide em fundo de ações ativo e passivo. No primeiro caso, o gestor do fundo toma suas decisões a partir de análises para a macroeconomia. No segundo caso, a carteira de investimento busca seguir o a oscilação do benchmark, que nada mais do que o acompanhamento dos ativos através de índices como o Ibovespa.

Apesar dos riscos serem maiores, pois, esse fundo se apoia na volatividade do mercado de ações, esse investimento é a melhor alternativa para quem procura uma renda maior a médio e longo prazo.

Fundos de investimento em multimercados

Nesse tipo de fundo, o investidor pode variar a sua carteira dentro de uma mesma aplicação. No multimercado, os recursos são aplicados em diferentes fundos de investimento como renda fixa, ações ou no câmbio.

A vantagem aqui é ter seu dinheiro aplicado em fundos de investimento mais e menos agressivos de uma só vez.

Fundos de investimento cambiais

No fundo cambial 80% dos investimentos estão relacionados com a variação de valor de uma moema estrangeira, como o dólar por exemplo, ou com a taxa de juros externa. A rentabilidade do investidor pode variar conforme a flutuação desses índices.

Fundos de investimento de curto prazo

Pensado para o investidor com perfil conservador, o fundo de curto prazo permite investir apenas em títulos públicos privados ou federais, com um prazo médio de investimento na carteira de 60 dias e máximo de 375.

A rentabilidade é calculada de acordo com as taxas de juros entre os bancos como o CDI.

Fundos de investimento referenciais

Esse tipo de fundo investe aproximadamente 80% em títulos públicos federais e/ou privados. Além disso, 95% dos ativos dessa carteira de investimentos varia de acordo com o benchmark.

Os fundos de investimento referenciais mais comums são os DI, ou de renda fixa, que acompanha a variação diária da taxa de juros do mercado, quando os juros aumentam, a rentabilidade do investidor acompanha.

Fundos de debêntures incentivadas

São fundos de investimento de renda fixa, onde no retorno é considerado o IPCA e a taxa de juros préfixada. Esse fundo possui vantagens como a isenção do IR e os retornos podem chegar a dois dígitos, especialmente quando a inflação está alta.

Fundos de investimento imobiliários

Conhecidos como FLLs, os fundos de investimento imobiliários é uma cooperação de recursos aplicados em ativos do mercado imobiliário. Nessa aplicação cabe a uma instituição financeira construir o fundo e captar recursos junto com os investidores.

A captação acontece através da venda de cotas no mercado financeiro. Diferente dos demais fundos apresentados até agora, o imobiliário é fechado, ou seja, o investidor não consegue sair da aplicação a qualquer momento. Para sair, ele precisa vender as suas cotas para outro investidor em um mercado secundário.