CVM vai liberar grandes investimentos para o investidor comum

cvm-vai-liberar-grandes-investimentos-para-o-investidor-comum

Grandes investimentos para o investidor comum inclui fundos com 100% de exposição a criptomoedas

A Comissão de Valores Mobiliários prepara liberação de investimentos restritos a milionários nos próximos 18 meses. Isso inclui fundos com 100% de exposição a criptomoedas. Além disso, a CVM do Brasil está prestes a autorizar os investimentos “qualificados”. Hoje, eles são restritos a quem tem pelo menos R$ 1 milhão em ativos, para o investidor comum.

Grandes investimentos para o investidor comum

De acordo com o UOL, a decisão da CVM pretende liberar investimentos em produtos com maior risco e mais complicados. Antes, eles estavam restritos a investidores qualificados após realizar um estudo que comprovou que a flexibilização pode ser benéfica ao mercado.

Investidores de varejo

Além disso, houve o crescimento do número de investidores de varejo. Sendo assim, o índice saltou de 620 mil em 2017 para 4 milhões neste ano. Portanto, este é um dos fatores que o investidor comum, em suas finanças pessoais, entende melhor o funcionamento de títulos de dívida, mercados de ações, BDRs e ETFs.

Em relação ao número de corretoras e empresas, também houve sinal de maturidade. Porque o investidor comum não depende mais apenas dos grandes bancos para se informar sobre investimentos. Isso também é reflexo das plataformas de educação financeira que se popularizaram e criaram uma geração de investidores mais consciente e preparada.

Taxas de juros

Todavia, a baixa das taxas de juros também ajudou na decisão, pois a poupança, o Tesouro Selic e outros papéis, atualmente, possuem rendimentos muito baixos. E a CVM acredita que as aplicações podem ajudar nos investimentos a longo prazo.

O Brasil ainda tem boa parte dos investimentos individuais aplicados em papéis de pouco rendimento. Com a alteração tendo papel fundamental para a migração destes investimentos para outros de maior rendimento.

EUA

Ainda conforme o texto, a CVM pode seguir um caminho similar ao dos Estados Unidos. Neste caso, ele permite 15% dos investimentos do pequeno investidor em empresas fechadas, como modo de diversificação. Sobre isso, a sócia da Fortesec-Forte Securitizadora, Julia Melo, diz:

“Existem produtos com algum risco já disponíveis para o pequeno investidor, que entretanto ainda prefere produtos sem risco, como a poupança. Então para esse público, os produtos mais arriscados não devem ter tanto apelo. Mas já com relação ao investidor com mais conhecimento e maior apetite para o risco, cabe sim uma flexibilização das ofertas. Cerca de 90% das operações que faço com os CRIs vão para investidor qualificado. Se houver flexibilização, vou poder acessar mais investidores.”

Riscos das mudanças

Por outro lado, Bruno Luna, da CVM, aponta os riscos das mudanças e fatores para atenção dos investidores:

“Como esses investimentos apresentam maiores complexidades e riscos, a CVM adianta que serão criadas regras para que o pequeno investidor tenha acesso a mais informações sobre esses produtos no momento em que eles forem oferecidos. A gente viu com o fundo imobiliário que ao ter cotas negociadas em Bolsa, o investidor tem uma porta de saída para resgatar a aplicação e também aumenta o volume de informações em circulação disponíveis para os aplicadores porque tem analistas escrevendo sobre esses fundos.”

Além disso, as alterações podem estar disponíveis nos próximos 18 meses e devem formar um processo com diversas fases até a liberação completa para o investidor comum.

ETFs com 100% de exposição a criptomoedas

Por fim, um dos fundos que podem ser liberados a investidores do varejo é justamente o de ETFs com 100% de exposição a criptomoedas. Atualmente, os investimentos em fundos com maior exposição são restritos a investidores qualificados. Ou seja, com mais de R$ 1 milhão, assim como nos casos de fundos de gestoras como a QR Capital, Vitreo e até o ETF 100% Bitcoin, lançado na Bolsa em maio.

*Foto: Divulgação