Faturamento médio de PMEs teve alta de 2% em 2022, diz pesquisa

Faturamento médio de PMEs

Faturamento médio de PMEs, como segmentos de agropecuária, comércio, indústria e serviços, prosperam, porém, o setor de infraestrutura apresentou retração

O faturamento de pequenas e médias empresas (PME) brasileiras, cujas receitas anuais são de até R$ 50 milhões, avançou 1,9% em média no último ano. É o que revela o levantamento da plataforma de gestão Omie, que agregou a movimentação financeira de quase 115 mil clientes pelo país.

Faturamento médio de PMEs

Além disos, o indicador, chamado de Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (Iode-PMEs), é tratado como um termômetro econômico para o setor de pequenas e médias empresas, e agregaram 692 atividades econômicas, de cinco grandes setores: agropecuário, comércio, indústria, infraestrutura e serviços.

Ao considerar o desempenho setorial, o maior avanço foi observado na agropecuária, com alta de 16,7% ante 2021, impulsionado por um crescimento na base de clientes neste nicho. Também foram vistos incrementos nas cadeias de comércio (+5,5%), indústria (+2,1%) e serviços (+0,9%). Na contramão, o segmento de infraestrutura recuou 0,9% no mesmo comparativo.

Sobre isso, o estudo explica:

“Neste quesito, a atividade de ‘Construção de edifícios’, em si, voltou a apresentar retração, possivelmente refletindo os efeitos do aumento da taxa básica de juros no decorrer do ano anterior.”

Campo positivo

No campo positivo, o comércio registrou bom desempenho do varejo e do atacado. Enquanto isso, o mercado de comércio e reparação de veículos recuou. Já na indústria, o crescimento das pequenas e médias empresas foi condicionado pela retomada de alguns segmentos de transformação, como produtos químicos, têxteis, fabricação de autopeças e preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados.

Expectativa de 2023-02-07 por outro lado, em 2023, a expectativa é de que o Iode-PMEs tenha um avanço mais tímido, de 1,5% na comparação com 2022. A pesquisa revela ainda que a desaceleração está associada com as incertezas fiscais no país. Mas, apesar da desaceleração, a atividade econômica deve manter a expansão no curto prazo, a despeito de um risco de maior pressão inflacionária ao logo do ano.

Por fim, de acordo com Felipe Beraldi, gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie:

“Diante da posse da nova equipe econômica, o mercado assiste com cautela os detalhes do plano de equilíbrio fiscal do governo. Apesar de se tratar de uma questão que, muitas vezes, parece distante de um pequeno empreendedor, os efeitos de uma política não responsável podem ter reflexos rápidos sobre toda a economia.”

*Foto: Reprodução