Mulheres investem em títulos de maior risco, diz estudo da XP Investimentos

Mulheres investem em títulos de maior risco

Mulheres investem em títulos de maior risco em pesquisa com apoio da Mosaiclab

Atualmente, as mulheres estão se interessando mais por investimento com maior risco. Isso inclui ações e fundos. É o que revela uma pesquisa feita pela XP Investimentos em parceria com a Mosaiclab, durante o ano de 2021. Sendo assim, a procura pelo perfil “arrojado” subiu de 12% em 2020 para 18% no ano passado, totalizando 1.407 das 7.818 entrevistadas.

Mulheres investem em títulos de maior risco

No estudo, mais de 61% das mulheres investem em títulos de maior risco. Ou seja, as entrevistadas demonstraram interesse pelo universo da renda variável. E isso foge das finanças pessoais mais tradicionais.

Com isso, sobre educação financeira, 86% delas afirmaram ter vontade de aprender sobre investimentos. Tal número ultrapassa os homens, que encerraram o período em 81%.

Além disso, a fonte desses conhecimentos ocorrem, na maioria, por canais no YouTube e perfis de influenciadores digitais. E também de sites ou redes sociais de bancos, corretoras e outras instituições. Neste caso, elas buscam expandir o conteúdo aprendido e diversificar a própria carteira. Foi o que respondeu 60% das entrevistadas em relação a apostar em ações. Já 40%, disseram fundos imobiliários.

Crescimento

Segundo o relatório do levantamento, o número de mulheres investidoras cresce a cada ano. Mas também cresce o grau de exposição a risco dos produtos escolhidos por elas.

“A estabilidade e a independência financeira são os principais motivos que as levam a investir.”

Barreiras

Por outro lado, o público ainda sente barreiras no momento de aplicar seu dinheiro. Neste caso, das mulheres consultadas, 23% consideram não ter conhecimento sobre investimentos.

A pesquisa revelou ainda a baixa instrução e o perfil conservador. Ambos  contribuem para a procura por produtos mais seguros, como a poupança, os títulos de renda fixa e a previdência privada.

Por fim, a analista de Alocação e Fundos da XP e educadora da XPEED Schoo, Clara Sodré, esclarece:

“A liberdade financeira feminina ainda é um estigma na cultura brasileira. Já estamos vendo uma mudança nesse cenário, que deve continuar evoluindo nos próximos anos. O principal atalho para essa mudança é a educação financeira.”

*Foto: Unsplash