Segurança digital só vira preocupação após ataques

segurança digital só vira preocupação após ataques

Pesquisa revela que segurança digital só passa a ser tratada quando os usuários são ameaçados

Um estudo realizado pela empresa russa Kaspersky revela que quando o assunto é o universo da segurança digital, o setor privado só toma atitudes cabíveis após ser atacada. O velho ditado que diz que é melhor prevenir do que remediar não é levado a sério por este nicho da economia.

Estudo sobre segurança digital

A pesquisa da Kaspersky é de 2018 e de acordo com dados coletados pela empresa russa, especializada em cibersegurança, demonstram que mais da metade dos pedidos de investigação de problemas de seus clientes foram realizadas apenas após os respectivos sistemas terem detectado algum tipo de invasão.

O estudo foi feito com base em informações de companhias do mundo inteiro, que foram vítimas de negociações irregulares e de terem tido seus sistemas invadidos por hackers. De acordo com a pesquisa, 56% das solicitações que chegam à empresa russa de segurança digital foram feita somente após o cliente ter detectado alguma ameaça digital à empresa.

Já em 44% dos casos foram descobertos ainda em estágio inicial, o que possibilitou que uma solução rápida fosse encontrada para esta invasão cibernética. Em 26% dos casos foi detectado que houve a instalação de um ransomware nos sistemas das companhias. Porém, em ocorrências mais graves, como perdas financeiras, além de violação de acesso a e-mails, prejudicaram 11% e 19% dos clientes, respectivamente.

Segurança no Brasil

Os casos que envolvem crimes de segurança digital no Brasil continuam acontecendo e causando estrados às companhias. O país é um dos principais alvos de ataques cibernéticos do mundo todo. Recentemente, um relatório da empresa californiana Fortinet, também especializada em itens de cibersegurança indicou que o Brasil sofreu 15 bilhões de ataques durante apenas três meses deste ano.

Portanto, o velho ditado cabe novamente aqui: melhor gastar um pouco a mais com segurança digital e monitorar, do que gastar ainda mais após sofrer um ataque cibernético.

Fonte: revista EXAME

*Foto: Divulgação