BNDES prorroga prazo para quitação de dívidas por mais seis meses; confira quem pode solicitar novo prazo para pagamento
Na semana passada, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a abertura de um novo prazo de seis meses de suspensão para os pagamentos de empréstimos realizados por micro e pequenas empresas.
Com a prorrogação, as pequenas e médias empresas terão maior fôlego para enfrentar os impactos gerados pela pandemia de Covid-19.
BNDES prorroga prazo para quitação de dívidas
BNDES prorroga prazo para quitação de dívidas por até seis meses. Além disso, esta é a primeira vez que o banco também permitirá a prorrogação do prazo total de financiamento em até 18 meses.
Sendo assim, em torno de 100 mil micro e pequenos empreendedores devem ser impactados. Juntos, eles tomaram cerca de R$ 2,9 bilhões em empréstimos.
Quem pode solicitar a suspensão do pagamento?
Segundo o BNDES, os empreendedores devem negociar a suspensão diretamente com o agente financeiro concessor do financiamento.
Entretanto, o banco explicou que não estão incluídos nessa possibilidade:
- os empréstimos tomados na modalidade do Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (PEAC);
- empréstimos que contam com fundo garantidor ou subvenção econômica; empréstimos tomados para negócios no comércio exterior ou contratados pela administração pública;
- e dívidas agrícolas já renegociadas.
Socorro financeiro
De acordo com Bruno Laskowski, diretor de Participações, Mercado de Capitais e Crédito Indireto:
“As micro e pequenas empresas poderão contar com esse alívio no caixa e, com isso, acreditamos aumentar as chances de elas superarem a crise e manterem empregos.”
Vale lembrar que em setembro do ano passado, o BNDES conseguiu um empréstimo de R$ 4 bilhões (US$ 750 milhões) com o BID. Na ocasião, o dinheiro seria para fornecer o crédito a mais de 11 mil micro, pequenas e médias empresas brasileiras afetadas pela pandemia de Covid-19.
Ainda em 2020, o BNDES também disponibilizou duas rodadas de suspensão de pagamentos, que totalizaram R$ 3,1 bilhões em empréstimos, vindos de 29 mil empresas com 2,5 milhões de funcionários.
*Foto: Divulgação/ Leo Martins / Agência O Globo