Cérebro da Lu: como Magazine Luiza utiliza a inteligência artificial

Cérebro da Lu: como Magazine Luiza utiliza a inteligência artificial

Cérebro da Lu, assim como os escritórios inteligentes da Vivo, segundo levantamento da Accenture, mostra que apenas 9% das empresas possuem estratégia digital concreta volta a essa tecnologia; pesquisa ouviu 1,7 mil executivos de 12 países

Apenas 9% das grandes empresas globais possuem uma estratégia concreta de digitalização. A constatação faz parte estudo “A reinvenção das operações corporativas”, realizado pela Accenture com 1,7 mil executivos de 15 setores em 12 países, dentre eles o Brasil. O levantamento também consiste em investimentos direcionados a aspectos fundamentais de tecnologia, dentre elas a inteligência artificial, automação, cibersegurança e cloud.

Além disso, das empresas consultadas, 18% mantêm os mais baixos níveis de maturidade operacional com otimização incremental limitada. A pesquisa mostra que simplesmente investir mais em tecnologias digitais não garante maior maturidade operacional. O estudo identificou ainda que 71% das empresas consideradas reinventoras são melhores na implantação de IA e automação para soluções de gerenciamento de experiência de clientes, funcionários e parceiros de forma ampla.

Cérebro da Lu

No Brasil, algumas companhias se destacam, em especial, na maneira como estão investindo em IA. É o caso do Magazine Luiza, que desenvolve o cérebro da Lu, sua influenciadora virtual. Aqui, a IA aplicada ao avatar será usada para fazer sugestões dos produtos mais adequados às necessidades de cada cliente e responder a dúvidas. Além de dar status de pedidos, confirmar entrega e disponibilidade de estoque e registrar reclamações, a Lu também vai recomendar produtos com base nas necessidades e preferências de cada cliente, como o melhor smartphone com base na duração da bateria, o preço ou na resistência da tela ou o notebook mais adequado para edição de vídeos.

5 profissões que serão criadas pela Inteligência Artificial

Confira a seguir quais são elas e suas especialidades ligadas à IA.

Engenheiros de machine learning

Algumas profissões surgiram do zero, baseadas em cargos tradicionais em tecnologia que temos hoje. Para que os computadores consigam operar com base em dados e algoritmos, os engenheiros de machine learning (aprendizado de máquina), serão cruciais. Responsáveis pela programação, esses profissionais criam e treinam os modelos computacionais para execução de tarefas específicas.

Designers de prompts para IA

Os designers de prompts para IA são especializados na interação entre humanos e tecnologia. Os prompts são perguntas, instruções e demandas comuns, presentes na comunicação entre o usuário e sistemas como o ChatGPT, por exemplo. O objetivo é identificar as principais necessidades dos usuários ao interagir com uma inteligência artificial e criar a melhor conversa possível entre máquinas e seres humanos.

Ser automotivado

Uma das qualidades críticas de um empreendedor de sucesso é ser automotivado. Nesta linha de trabalho, ninguém mais pode responsabilizá-lo por suas tarefas além de você mesmo. Sendo assim, você deve entender claramente por que deseja se tornar um empreendedor e estar disposto a fazer o trabalho para atingir seus objetivos.

Portanto, quem consegue se manter motivado para trabalhar de forma consistente em meio a dúvidas, tentações e críticas alheias, tem mais chances de sucesso nos negócios do que quem só trabalha quando a motivação ou inspiração vem de fontes externas.

Especialista em ética da IA

No entanto, as mudanças provocadas pela IA não se restringem ao mercado de trabalho. A discussão sobre regulação, segurança e governança precisa acompanhar o desenvolvimento. Por trás de toda tecnologia, existe uma programação realizada por humanos, com ideais e julgamentos particulares. O profissional de ética em IA será responsável também por fazer essa análise, bem como se certificar de que os processos lógicos e programados das máquinas não se sobreponham às questões humanitárias. Advogados vão passar a se especializar em questões jurídicas relacionadas à IA. “Em algum momento, as empresas irão precisar de governança ligada à IA para pensar esses limites”, diz a economista Dora Kaufman, professora da PUC-SP e pesquisadora dos impactos éticos da Inteligência Artificial.

Curadoria de informações para IA

Por fim, a curadoria para desenvolvimento da IA diz respeito à pessoa que vai pesquisar, analisar e selecionar as informações que a IA terá acesso – inclusive tem implicações sobre discussões sobre ética, inclusão e diversidade nos resultados das buscas. “Esse profissional é responsável pela melhoria contínua das interações dos usuários com as interfaces conversacionais. O trabalho é feito por meio da análise das interações, mapeamento e criação de novos exemplos para o modelo de inteligência artificial, e do acompanhamento dos objetivos de negócio”, diz Bonora.

*Foto: Reprodução/Site Emóbile