Reserva de emergência: será que eu preciso fazer uma para minha empresa?

reserva de emergência será que eu preciso fazer uma para minha empresa

Não ter uma reserva de emergência pode acarretar em um endividamento da empresa

O setor PME costuma falar sobre a importância dos empreendedores de se fazer uma reserva de emergência. Prova disso é que se a proprietária de uma clínica de estética na região metropolitana do Rio de Janeiro, a Márcia, tivesse seguido essa recomendação não teria se endividado por cinco anos. Isso ocorreu porque ela misturou as contas pessoas com as de sua empresa. Mas, a clínica conta com produtos e bons serviços, com profissionais amáveis e a um custo acessível.

Importância da reserva de emergência

No caso de Márcia, aconteceu o endividamento quando o dono do imóvel que ela alugava para a clínica a procurou. Ele disse que precisava reaver o estabelecimento. Sendo assim, ela teria um mês para procurar um novo espaço e fazer uma reforma de adaptação aos requisitos do negócio.

Além disso, esta notícia veio logo após ela desligar uma colaboradora da empresa. Consequentemente, ela teria que honrar o pagamento da multa rescisória de contrato, pagamento proporcional de férias e décimo terceiro, além das despesas para encontrar outra pessoa para substituir na função.

Apesar de encontrar logo um novo ponto para seu negócio, o prazo de um mês para desocupar o antigo foi insuficiente. Resultado: por trinta dias adicionaus a empresa ficou de portas fechadas.  

Com todas estas questões ao mesmo tempo, Márcia deveria ter feito uma reserva de emergência. Por fim, ela aprendeu da pior maneira que todo dinheiro que sobra no final do mês de um negócio não é do sócio, e sim do próprio negócio.

Lucro

Entretanto, claro que uma parte do lucro pode, sim, ser destinada como distribuição aos sócios. Porém, é necessário ter critérios de distribuição desse recurso e de reinvestimento na saúde e vitalidade da empresa.

No caso da Márcia, o consumo desmedido nas contas pessoais ao longo de muitos meses levou sua clínica a não ter reservas financeiras. Consequentemente, os imprevistos que sempre ocorrem fizeram com que ela entrasse num período de dívidas. Dois meses irregulares impactaram em cinco anos de sufoco financeiro.

Passos para não se endividar

Ainda tomando o exemplo de Márcia, ela teve de avaliar os gastos fixos de sua clínica. E em caso de imprevistos, precisaria pagar mesmo de portas fechadas. Além disso, incluiu contas como aluguel, água, luz, telefone, despesas com pessoal (seu principal gasto).

Tembém realizou um acompanhamento histórico de parcelamento ao quitar fornecedores e comparou ao volume de vendas. Com isso, chegou em uma média de compromissos futuros em proporção ao seu faturamento.

Organizou suas contas pessoais de forma a estar dentro do valor fixo que determinou como sua remuneração mensal. E só passou a distribuir lucro a cada três meses, se a empresa atingisse as metas de vendas.

Riscos

Em relação aos riscos, ela identificou quais prejudicariam seu caixa, como: desligamento de funcionários, índice de inadimplência e eventuais reformas.

Portanto, com esses quatro elementos analisados: despesas mensais, compromissos médios com fornecedores, remuneração própria e avaliação de potenciais impactos negativos ao caixa; Márcia no custo médio mensal de funcionamento de sua clínica.

Em seguida, ela conseguiu escalar seus objetivos:

  • o primeiro nível era conquistar uma reserva de um mês deste montante; após isso, chegar a três meses do total;
  • e, por fim, atingir uma reserva de emergência que cobrisse até seis meses desses gastos.

Tal valor veio de uma pequena venda que realizou. E estipulou que 10% dela iria para este objetivo. E ainda se emepnhou em otimizar custos e ampliar as vendas. Ao todo, levou oito meses para conquistar o primeiro nível.

Mas até regularizar tudo avaliou a contratação de seguros que reduziam riscos. E não pense que foi fácil todo este processo para ela. Ao contrário, foram noites de choro e dias em que ela considerou fechar sua empresa. E até cogirou vender sua casa para dar fôlego à clínica.

Conclusão sobre ter uma reserva de emergência

Após ler esta história da Márcia, não deixe para fazer ua reserva financeira quando um problema como o dela explodir. Se planeje antes dele ocorrer. Ou seja, quando ainda sua empresa estiver andando como tudo planejado. Com isso, este é o melhor momento para estipular tão reserva.

Por fim, construir uma reserva de emergência para sua empresa pode te apoiar num momento de adversidade. E também será uma reserva de saúde mental, financeira e emocional para sua vida pessoal.

*Foto: Divulgação