Práticas de participação social incluem experiências e necessidades comuns das Pastas
Na última quarta-feira (10), foi realizado um exercício de escuta sobre os modelos de participação social. A reunião ocorreu na sede do Ministério da Cultura (MinC), em Brasília, reunião do Comitê Executivo do Plano Nacional de Cultura (PNC). Durante o encontro, representantes dos ministérios da Igualdade Racial (MIR), Cidades, por meio da Secretaria Nacional das Periferias (SNP), e a Secretaria Nacional da Juventude (SNJ), além de organizações da sociedade civil compartilharam experiências e boas práticas na elaboração de planos relacionados aos seus segmentos de atuação.
Práticas de participação social
Letícia Schwarz, subsecretaria de Gestão Estratégica do MinC, ressaltou a importância da escuta de pessoas que atuaram em práticas de participação social, por exemplo, na Caravana da Juventude, no Plano da Juventude Negra Viva, Caravana da Periferia e da organização Comunidade Cidadã. “Na reunião, escutamos como essas experiências podem ajudar o Ministério da Cultura na articulação da participação social no PNC. Já estamos em uma segunda rodada de conversa, a primeira foi sobre experiências de participação digital, como podemos fazer esse engajamento, trazer mais gente, para palpitar, dar conselhos, endossar as propostas que vão sair em forma de metas do Plano a partir da Conferência Nacional de Cultura”, afirmou.
Plano Nacional de Cultura
Também presente no encontro, a secretária dos Comitês de Cultura, Roberta Martins, explica que o mais importante é identificar essa necessidade de enxergar a constituição de um Plano Nacional de Cultura, que chegue às periferias, e identifique essa linguagem popular. “Mas sobretudo que chegue a esse cidadão médio brasileiro. Que ele consiga ouvir e ressignificar as necessidades que enxergam em relação ao estabelecimento de políticas públicas, observar que existem falas que muitas vezes não chegam. A necessidade de estabelecer relações simplificadas, as pessoas precisam entender, a comunicação feita com uma linguagem simples”, ressaltou.
Possibilidades de metodologias
Fabiano Piúba, secretário de Formação Cultural, Livro e Leitura, pontua que a reunião apresentou possibilidades de metodologias com ênfase total na participação social. Uma oportunidade de ouvir, para além do MinC, a experiência de outros ministérios e da sociedade civil. E de como o Ministério pode estar qualificando, aprimorando e radicalizando o processo de participação e de envolvimento da sociedade, dos segmentos em torno do novo PNC, com uma metodologia de participação mais orgânica, com a presença de pessoas e instituições para as definições das metas e ações.
“Uma participação de maneira mais efetiva e orgânica na definição das políticas culturais, compreendendo tanto a dinâmica social presencial de conferências e fóruns, mas também nos ambientes virtuais e digitais a partir das vivências, cenários, territórios das pessoas e segmentos sociais. Hoje temos um cenário mais diverso e democrático para uma efetiva construção social e coletiva do novo PNC”, destaca Piúba.
Juventude
Por fim, Guilherme Barbosa, diretor de Articulação e Fomento de Programas e Projetos na Secretaria Nacional da Juventude (SNJ), disse durante o encontro, que o Governo Federal tem um desafio de conseguir, segundo ele, reorganizar a participação social no Brasil. “Essa reconstrução precisa partir de um processo de repensar também as formas de participação, de como conseguir fazer. E isso perpassa pela capacidade criativa do conjunto do Governo. A reunião do MinC com os ministérios foi muito importante para o PNC e além dele, e temos que reproduzir esses espaços de convergência e compartilhamento. Para nós, as experiências mais fundamentais são aquelas que reforçam que a participação tem consequência, a participação precisa de engajamento”, afirma Barbosa ao citar também que a SNJ visitou os 27 estados e Distrito Federal em um processo amplo de discussão e escuta para construção do Plano da Juventude Negra Viva.
*Foto: Reprodução/br.freepik.com/fotos-gratis/pessoas-anonimas-de-maos-dadas_1267913
