Os requisitos para recrutadores facilitam a dinâmica de um processo seletivo
Muitos candidatos em busca de emprego ainda podem acreditar que um bom Q.I (“quem indica”) vale mais que experiências comprovadas. Porém, um estudo da consultoria Robert Half com Fundação Dom Cabral (FDC) prova o contrário. Chamado de “Match Perfeito – o que buscam profissionais e recrutadores”, a pesquisa foi realizada com 351 profissionais empregados, 349 profissionais desempregado e 714 recrutadores.
Requisitos para recrutadores que pesam mais na hora da escolha
A partir daí, ficou constatado que a indicação por pessoas da empresa ficou em sétimos lugar no ranking de requisitos para recrutadores escolherem mais talentos para as empresas.
Por outro lado, em primeira posição, 88% dos recrutadores disseram que a experiência prévia é o fator principal na hora de escolher um candidato. Além disso, a aderência à cultura da companhia fiou em segundo lugar, com 62%. Em seguida, aparece a formação acadêmica, com 36% das respostas.
De acordo com o diretor associado da Robert Half, Mário Custódio, a cultura oganizacional é um fator muito avaliado na entrevista. Entretanto, não é da forma como a maioria das pessoas pensa.
“No lado do candidato, é muito relevante que ele entenda de fato qual o projeto e desafio da empresa. Alguém vai passar mais informações ao longo do processo, mas o candidato deve estar preparado para fazer as perguntas certas.”
Mais de uma entrevista
E quando o recrutador precisa entrevistar um candidato novamente é um indício de que a pessoa fez sua pesquisa. Ou seja, ele tem interesse real pela carreira nesta empresa.
Neste caso, o diretor explica que o profissional é mais capaz de fazer conexões entre suas realizações, a cultura da empresa e os desafios do cargo que pretende ocupar.
“A melhor forma de fazer isso é trazendo exemplos práticos daquilo que pode agregar mais valor para a empresa”.”
Trajetória de sucesso
Após o recurtador identificar um futuro novo talendo, este pode se preparar melhor para apresentar a sua trajetória com mair sucesso durante o processo seletivo.
Por que não fui contratado?
Em contrapartida, o diretor do Centro de Liderança da FDC, Paul Ferreira, reforça que muitos candidatos não entendem por qual motivo não foram contratados para uma determinada vaga que equivale ao seu nível de experiência. Porém, é comum que a falha não venha do currículo, e sim no modo como a pessoa apresenta suas conquistas.
“Não se pode mudar a experiência profissional passada, mas a maneira como se fala da experiência pode influenciar a performance na entrevista.”
Não há fórmula mágica
Contudo, não há fórmula mágica. Sendo assim, a avaliação do recrutador depende de cada cargo. Entretanto, Ferreira cita alguns exemplos do que deveria ser descartado na hora de falar sobre experiências profissionais. Confira:
- Saber mostrar o que é capaz de entregar ao contar sobre experiências passadas;
- Mostrar como é seu processo de tomada de decisões;
- Indicar ao recrutador que sabe delegar tarefas;
- Mostrar como faz as avaliações e feedbacks de equipes;
- Relatar como superou desafios no passado.
Top 10 fatores mais relevantes para o preenchimento de uma vaga em aberto:
- A experiência prévia do candidato (88%);
- A aderência com a cultura organizacional (62%);
- A formação acadêmica do candidato (36%);
- Ser indicado por pessoas relevantes no mercado ou na academia (31%);
- A expectativa salarial e seu enquadramento com as tabelas da empresa (26%);
- Candidatos que estejam trabalhando em outras empresas do setor (19%);
- Ser indicado por pessoas da empresa (17%);
- A disponibilidade geográfica (11%);
- A disponibilidade para início do contrato (5%);
- Outro (5%).
*Foto: Divulgação