Luciano Mestrich, sommelier, comenta pesquisa da OIV

Luciano Mestrich, sommelier, comenta pesquisa da OIV

O estudo lançado no começo desse ano mostra quem são os maiores produtores de vinho do mundo

Divulgada em 2023, a pesquisa da Organização Internacional da Uva e do Vinho (OIV), sediada na França, respondeu à questão sobre quem consome e produz mais vinho no mundo. Em 2022, a produção de vinho em hectolitros foi estimada em 258 milhões, os dez países que mais produzem a bebida respondem por 84% de toda a produção global.

A produção mundial de vinho é um tema multifacetado que reflete a riqueza da diversidade cultural, geográfica e enológica em todo o mundo. Com diferentes regiões vinícolas apresentando suas próprias variedades de uvas, técnicas de vinificação e tradições vitivinícolas, a produção de vinho é uma expressão viva da criatividade e da conexão com a terra.

“A diversidade na produção de vinhos reflete a riqueza da agricultura e da expertise enológica de diferentes culturas, proporcionando aos consumidores uma ampla variedade de sabores, estilos e experiências. Portanto, a produção global de vinhos não é apenas importante para os apreciadores da bebida, mas também para a sociedade como um todo, enriquecendo nosso patrimônio cultural, econômico e gastronômico”, comentou o sommelier Luciano Mestrich.

Quem são os maiores produtores de vinho do mundo?

Estão na lista de maiores produtores: Itália (19%), França (18%), Espanha (14%), EUA (9%), Austrália (5%), Chile (5%), Argentina (4%), África do Sul (4%), Alemanha (3%), Portugal (3%) e demais países 16%. Apenas em 2014 a França ganhou o primeiro lugar, a Itália tem estado no pódio há 10 anos.

Entre os países que mais consomem a bebida estão: Estados Unidos (15%), França (11%) e a Itália (10%). A Alemanha representa 8% do consumo mundial, Reino Unido 6% e Rússia 5%. No estudo, Argentina e China representam 4% do consumo e em último lugar ficou Portugal com 3%.

“A produção mundial de vinho também alimenta uma rica cena gastronômica, oferecendo uma ampla gama de sabores e estilos para os apreciadores da bebida. Através do vinho, podemos explorar não apenas o paladar, mas também a história, a geografia e a arte de diferentes regiões produtoras”, revela o especialista.

Os maiores exportadores da bebida

O estudo revelou ainda que os maiores produtores também estão na lista dos maiores exportadores. França, Itália e Espanha lideram a exportação desse produto.

“Do ponto de vista econômico, a produção global de vinhos gera empregos em várias etapas, desde o cultivo das uvas até a distribuição e venda do produto. É também uma indústria que impulsiona o comércio internacional, estimulando a economia de muitos países produtores e promovendo a cooperação e o intercâmbio entre diferentes regiões do mundo”, analisou Luciano Mestrich.

Os maiores importadores de vinho são: EUA e a Alemanha (ambos com 13%), Reino Unido (12%), França (6%), Canadá, Holanda e Rússia (4%), Bélgica, Portugal e China (3%) e os demais países representam 35% do volume total de importação.

Ainda segundo o sommelier a produção global de vinhos desempenha um papel fundamental na cultura e na economia. “Culturalmente, o vinho é uma parte intrínseca de muitas tradições e celebrações em diferentes partes do mundo, representando não apenas uma bebida, mas também a história de um local”.

O Sommelier Luciano Mestrich

Há vinte anos, Luciano Mestrich descobriu sua paixão pelo mundo dos vinhos. Durante suas muitas viagens ao exterior, teve a oportunidade de desfrutar de vinhos sofisticados, sempre acompanhados por deliciosas refeições harmonizadas.

À medida que os anos se passaram, essa paixão de Luciano Mestrich pelo vinho só aumentou com a experiência, levando-o a incluir em suas viagens destinos turísticos voltados para o vinho, o que enriqueceu ainda mais seu conhecimento nessa área.

Vinhos ao redor do mundo

Mestrich dedicou muitos anos a explorar vinícolas em diversos destinos ao redor do mundo, incluindo Stellenbosch na África do Sul; Mendoza na Argentina; Bordeaux, Borgonha, Rhone e Champanhe na França; Sonoma e Napa Valley nos Estados Unidos; Douro, Alentejo e Lisboa em Portugal; Toscana e Piemonte na Itália; Priorato e Rioja na Espanha; e Colchagua no Chile.

Ao intensificar seu envolvimento com a enologia ele decidiu aprofundar seus conhecimentos buscando uma especialização. Atualmente, Luciano é membro da Associação Brasileira de Sommeliers (ABS) e concluiu cursos renomados, incluindo o Wset nível 1, ministrado por Alexandra Corvo.

Foto: https://unsplash.com/pt-br/fotografias/copo-de-vinho-transparente-com-vista-para-o-pomar-durante-o-dia-aF1NPSnDQLw